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Exposition

Adelino Ângelo

"LE RESSENTI D’ADELINO ÂNGELO"

Je suis né le 8 Novembre 1931 à Vieira do Minho, résidence de mes parents puis je suis allée vivre avec mes grands-parents à Guimarães en raison de mon père étant juge et conservateur Land Registry qui n'a pas permis d'avoir la résidence permanente.

J'ai étudié du primaire jusqu'à la septième année (douzième actuelle) à Guimarães. Mes parents ne voulaient pas que je suive les cours d'arts et à 17 ans je suis allé à Lisbonne.  Comme mes dessins étaient de qualité, j'ai pu vendre tout le fruit de mon travail et j'ai pu ainsi payer mes études à l'Ecole Supérieure des Beaux Arts de Lisbonne, la nourriture et le séjour à la pension Chiado.

De 1957 à 1961, j'ai été Designer pour plusieurs entreprises d'emboutissage dans le secteur des soies pour la haute couture.

De 1961 à 1974, j'ai été professeur à l'école commerciale et industrielle Francisco de Holanda à Guimarães. J'ai été le seul enseignant au Portugal qui a enrichi le patrimoine d'une école, avec des panneaux de rois et des personnages de l'État, pour imprégner la culture des élèves. Ces œuvres ont été peintes gratuitement à la demande du directeur, aucun de mes collègues ne l'ayant fait, affirmant qu'elles ne savaient pas comment faire des mains et des visages.

De 1974 à 1980, je suis obligé de se réfugier en Espagne parce qu'en 1974 j'ai été abusé par certains collègues en ayant peint le Dr António Oliveira Salazar et les membres du gouvernement de l'époque.

Tout mon travail fut compromis car l'originalité et le sens de la création représentaient ainsi un environnement amer, mais qui en même temps était apprécié des spectateurs.

Selon plusieurs critiques d'art portugais et internationaux (César Príncipe, Sergio Mourão, José Gomes Ferreira, Francisco Pablos, José Alvarez, Pierre Lazareff, Arturo Paloma, etc ...) Je suis considéré comme le plus grand interprète de la vie tsigane, cette distinction étant inscrite dans plusieurs livres au Portugal et à l'étranger. Cette opinion est également partagée par plusieurs collectionneurs.

Ma peinture est la conscience ressentie à ma manière. Je suis le protagoniste d'une pièce de théâtre, le créateur.

Le dessin est le pilier de la peinture, donc mon travail est didactique, pédagogique et scientifique, car s'il ne l'était pas, il ne pourrait jamais s'inscrire dans "l'Universalité".

A travers cette petite description de mes toiles, ma pensée s'inscrit dans la volonté de conduire la société vers un rééquilibre afin de réduire les énormes inégalités.

Si je continue à peindre la douleur humaine, la folie et la vie nomade, c'est afin que ma peinture s'intègre dans le modernisme. Ce ne sont pas ces caractéristiques qui priment dans la société dans laquelle je souhaite m'insérer.

En reproduisant les mots de mes critiques, je prouve que je suis un psychanalyste universaliste imprégné d'humanisme.

"A FORÇA DE ADELINO ÂNGELO"

Nasci a 8 de Novembro de 1931 em Vieira do Minho, residência dos meus pais, passado dias fui viver com os meus avós em Guimarães pelo motivo do meu pai ser Juiz e Conservador do Registo Predial que não o permitia ter residência permanente.

Estudei desde a primária até ao sétimo ano (décimo segundo atual) em Guimarães, como os meus pais não queriam que eu seguisse as artes, aos 17 anos fui para Lisboa e como era excelente a desenho conseguia vender todos os trabalhos que fazia e com o fruto do meu trabalho consegui pagar os meus estudos na Escola Superior de Belas Artes em Lisboa, a alimentação e estadia na pensão do Chiado.

De 1957 a 1961, fui Designer para várias empresas de estamparia no setor das sedas para alta-costura.

De 1961 a 1974, fui Professor na escola Comercial e Industrial Francisco de Holanda em Guimarães. Fui o único Professor em Portugal que enriqueceu o património de uma escola, com painéis dos Reis e personagens do Estado, para imbuir no espírito dos alunos o cultivo da cultura. Estas obras foram pintadas gratuitamente a pedido do Diretor, visto que mais nenhum dos meus colegas o fez, dizendo que não sabiam fazer mãos e caras.

De 1974 a 1980 fui forçado a refugiar me em Espanha porque em 1974 fui maltratado por alguns colegas pelo fato de ter pintado o Dr. António Oliveira Salazar e os membros do governo da altura.

Toda a minha obra é vincada pela fusão da emoção, realização, originalidade e sentido de criação, tornando-se desta forma num ambiente amargo mas ao mesmo tempo terno para os olhos de quem a contempla.

Na opinião de vários críticos de arte portugueses e estrangeiros (César Príncipe, Sergio Mourão, José Gomes Ferreira, Francisco Pablos, José Alvarez, Pierre Lazareff, Arturo Paloma, etc…) sou considerado o maior intérprete da vida cigana, opiniões estas que estão inscritas em vários livros em Portugal e no Estrangeiro, esta opinião também é partilhada por diversos colecionadores.

A minha pintura é a consciência sentida a meu modo, daí que sou o protagonista de uma obra dramática por ser o criador.

O desenho é a trave mestra da pintura, por isso minha obra é didática, pedagógica e científica, porque se assim não fosse nunca poderia ser o pintor « Universal ».

Mediante esta pequena descrição sobre as minhas telas, o que me é imposto é conduzir a sociedade à sua purificação onde existem enormes desigualdades.

Se continuo a pintar a dor do ser humano, loucura e os nómadas, então a minha pintura encaixa em pleno no modernismo, não fosse estas as características mais vincadas da sociedade onde me insiro.

Usando palavras de meus críticos comprovam que sou um psicanalista universalista, enquanto o seu humano existir.

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